Entidade, que antes representava apenas promotores de feiras, agora reúne toda a cadeia de valor do setor de feiras e eventos de negócios no Brasil e mira na ampliação de setores e associados em outros estados (além do eixo Rio-São Paulo)
Paulo Ventura, Presidente da UBRAFE, e P.O. Diretor da Ubrafe

A UBRAFE (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) celebra um marco histórico em sua trajetória de quase 40 anos de existência. A entidade registra um crescimento expressivo em seu quadro de associados, ando de 19 empresas, em 2019 (pré-pandemia), para 100 empresas e 2 pessoas físicas atualmente.

Com apenas 7 venues/recintos associados na cidade de São Paulo, a UBRAFE conseguiu mensurar um impacto econômico de R$ 12 bilhões na cadeia de hospitalidade local, considerando hotéis, bares, restaurantes, transporte e demais serviços indiretamente ligados aos eventos de negócios. As próximas cidades que contarão com estudos detalhados para medir o volume e o impacto dos eventos focados em geração de negócios serão Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, ampliando ainda mais a compreensão da relevância econômica do setor no cenário nacional.

Quando tivermos o Barômetro de Eventos B2B Nacional da UBRAFE consolidado em todo o país, teremos uma visão ainda mais precisa da potência econômica desse setor, cuja geração de riqueza estimamos alcançar dezenas de bilhões de reais. Por isso, estamos concentrando os nossos esforços na ampliação de novos associados em outros estados, além de São Paulo, e também em outros setores, a exemplo do agronegócio”, afirma Paulo Ventura, presidente do Conselho de istração da UBRAFE e primeiro não-promotor a ocupar a função, visto que Ventura acumula experiência na gestão de venues/recintos.

Crescimento em número de associados

A expansão, resultado da abrangência nacional e da atração de novos perfis, foi impulsionada por mudanças estratégicas no estatuto da entidade, pela adoção de um modelo de contribuição mais ível e pela inclusão de venues/recintos e fornecedores na base associativa. O crescimento de 426% reflete não apenas a força do setor, mas também a transformação da UBRAFE, que hoje representa toda a cadeia de valor das feiras e eventos de negócios no Brasil.

A mudança no estatuto da UBRAFE, que ou a permitir a entrada formal de venues/recintos e fornecedores especializados, além dos promotores, não apenas rompeu antigos paradigmas, que viam interesses supostamente divergentes entre esses players, como fortaleceu o setor, resultando também na articulação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse)”, relembra Paulo Octávio Pereira de Almeida (P.O.), Diretor Executivo da UBRAFE.

Outro fator determinante para o avanço foi a modernização do modelo de contribuição dos associados. Antes, havia uma única mensalidade, independentemente do porte da empresa. Com a reformulação, a cobrança ou a ser proporcional ao tamanho do associado, seja pelo metro quadrado das venues/recintos, seja pelo porte dos promotores e fornecedores, permitindo que negócios de diferentes perfis e tamanhos pudessem participar ativamente da entidade.

O salto no número de associados reflete um movimento que vai além dos números, é o fortalecimento do setor como alavanca econômica para o país. Praticamente nenhum setor da economia funciona sem um congresso, um evento ou feira que impulsiona negócios, proporcione relações profissionais e movimente mercados”, declara P.O.

Esse avanço tem origem em um processo iniciado durante a pandemia, quando a UBRAFE, historicamente focada na representação dos promotores de feiras, entendeu que era essencial ampliar seu papel institucional. Naquele momento, os centros de convenções e pavilhões estavam sem representação ativa, já que a associação responsável pelos centros de convenções havia suspendido as suas atividades. A UBRAFE então assumiu, de forma temporária e sem cobrança, a representação desses espaços, abrindo caminho para uma reconfiguração do associativismo no setor.

Na pandemia ficou claro que as empresas precisavam estar unidas. Era fundamental falar com o Governo e defender os interesses do setor de forma estruturada. Foi quando entendemos que não fazia sentido representar apenas um elo da cadeia. O setor precisava estar junto, como um todo, para ser ouvido e ter força”, reforça Ventura.

Outro fator relevante que reforça essa expansão é a presença de associações setoriais como sócias da UBRAFE. Entidades como ABCasa, ABRALIMP e APAS, que organizam eventos de grande relevância para seus respectivos mercados, hoje fazem parte da UBRAFE. Essa integração contribui significativamente para fortalecer a percepção do setor, mostrando que as feiras e eventos são, de fato, potentes plataformas de negócios para diversos segmentos da economia.

O crescimento ganhou força logo em 2020, quando 17 recintos aderiram à UBRAFE. Em 2022, a associação consolidou a separação pelas categorias de promotores, fornecedores e venues/recintos, formalizando a nova configuração. “O objetivo da UBRAFE agora é o de representar 90% do mercado de feiras e eventos de negócios no Brasil. Seguimos empenhados em ampliar nossa representatividade, especialmente atraindo recintos de cidades estratégicas, promotores de outros estados e setores como o agronegócio”, finaliza Ventura.

Fonte: Assessoria

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